terça-feira, 18 de maio de 2010

..Dos amores estranhos que encontramos por aí...

E naquela noite, eu pensei:
"- Eu sei, eu sei, eu conheço aquele olhar. Aquele olhar que entra na alma. Passeia por todos os lados até encontrar o coração. Que desperta daquele repouso leve e deixa o corpo e beira da locura.
Durante horas eu pensei. Pensei com força. E cheguei a conclusão que sentir isso é raro. Fazer amor com os olhos é raro. E poucos são aqueles que tem esse poder. Lembrei do tempo que você ficou falando sem parar, de momentos esquisitos da sua vida. Dos quais muito eu nem me lembro. Sua voz foi sumindo. Num espaço distante qualquer. E eu, bem... Eu fiquei a olhar os seus olhos. A luz refletiu aquela cor. Indiferente. Olhos cor de pinga com mel. E em um minuto eu já estava a navegar na imensidão do seu olhar. Nem queria saber o que você tinha pra falar. Acho engraçado o modo como você encontra mil apelidos estranhos pra me dar. Encontra mil formas de me chamar a atenção. Encontra milhares de forma pra me agradar. E se chega um desentendimento, o tempo acaba pra nós dois. As horas não passam pra você nem tão pouco pra mim. E quando essa cerimônia toda acaba, o beijo fica melhor que o abraço que fica melhor que o beijo que fica melhor que a cama, que chega ao amor. E novamente os dias passam. E novamente eu fico mais um dia sem saber de você. E mais uma vez sem saber o que fazer.
Mas ah...quando eu vejo aquele olhar..."

- Tia, por que você ta olhando pro teto a horas? Você não vai me contar histórias do mundo? - disse Luaísis toda eufórica.

- Estava pensando em uma história nova pra você querida. Agora se cubra, está frio. - E deitou-se ao seu lado para mais uma história mundana.


beijos de luz.

(autoria: por mim mesma)

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